segunda-feira, 14 de maio de 2007

Latidos da latrina


Estava eu para aqui tranquilo-inquieto-aterrado a obrar enquanto roía as unhas dos pés, quando sou subitamente assaltado por este pensamento deveras e dejoanas esclarecido: porque irracional razão não me hei de passar a barbear com cera? Parecendo que não - não mesmo! -, é perfeita e dolorosamente concebível!
Senão vejamos, muito sucintamente, algumas alternativas, igualmente inovadoras, pouco convencionais e (no mínimo) empolgantes:
1 - sabre: próximo da vulgar gillette - e igual e relativamente acessível -, apresenta como principais inconvenientes uma crónica dificuldade de manobra adveniente da dimensão da face cortante da lâmina e necessidade de visita periódica ao amolador da esquina;
2 - moto-serra/rebarbadora: desaconselhável a quem se veja obrigado a barbear com muita frequência - o seu uso repetido torna o barbear cicatrizado e, a curto/médio/longo prazo, desfigurado;
3 - ácido sulfúrico: tal como os vários tipos de lixas e lixadeiras eléctricas, não é indicado para peles sensíveis;
4 - cabra montesa: método ancestral que passa por deixar a barba um dia de molho numa solução salina, tem como único senão o facto de só a ele se poder recorrer quando a barba se assemelhar a um tufo de ervas daninhas, ou seja, semestralmente;
5 - partitura de Jazz: preferencialmente usada em manicure.
Vistas as coisas deste prisma jocoso-científico, até se nos afigura apetecível o recurso a um frasco ou às comuns bandas de cera. Ao que parece, sendo extremamente eficazes, podemos encontrá-las no escaparate de uma qualquer superfície comercial e não implicam mais do que um par de horas de (ar)dor lancinante.
Se é coisa de menina, não há de ser tão duro quanto isso!
Truque (dizem) infalível: antes de puxar a banda, imaginem-se a defender um livre do Roberto Carlos com os tintins ou a levar umas trezentas reguadas do Dux nas unhas - comparativamente, não custa nada!

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